sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sobre uma das coisas que não quero...

Uma amiga muito querida, Eli, veio do sul - onde é missionária - pra BH. 
Me pediu ajuda quanto à alguns exames que precisava fazer e eu, quase que diariamente, tenho acompanhado a Paraense (menina porreta) em algumas clínicas. 
Semana passada, enquanto a esperava no centro, percebi dois homens se aproximando. Eu estava ao lado de um estacionamento e eles pararam ali, como se esperassem alguém. Esperavam. 
Um deles atendeu o telefone e perguntou onde a pessoa do outro lado da linha estava. Começou a gritar:
- O quê? Gastando? Em que loja? Já estamos aqui te esperando!
Ainda ao telefone começou a falar com o rapaz que estava com ele:
- Tô te falando: mulher não pode ver dinheiro não. Ela acha que sou banco. Só quer gastar, gastar.
Desligou o telefone, ordenando que a pessoa viesse encontrá-lo. 
Aparentemente ele foi ao centro com o amigo e a esposa, deixou o carro no estacionamento, cada um foi resolver o que precisava e encontrariam ali depois de algum tempo. 
A coitada apareceu alguns minutos após o telefonema com uma sacola com toalhas.
- Amor, aproveitei para comprar toalhas. Seus pais virão e não temos toalhas sobrando... 
 A Eli chegou, mas ainda consegui ouví-lo gritar dizendo que ele não era banco e sei-lá-o-quê...
o.O
Consegue me citar as tosquices desta cena? 
Se existe algo com o qual não consigo lidar é com mesquinhez... e grosseria.
O cara conseguiu reunir as 2 coisas em si.
Foi um grosso com a esposa ao telefone. E foi infeliz ao dizer que a mulher só sabe gastar, que ela o considera banco. 
Caramba! Quando ouvi a conversa imaginei a esposa estava gastando rios de dinheiro em coisas para si. E a pobre deve ter gastado no máximo R$ 60,00 com duas toalhas para os pais do infeliz, que iriam visitá-los.
E ainda que a mulher gastasse com ela. Existem N formas do cara dizer para a esposa economizar, sem expor a vida dela para o amigo e todas as centenas de pessoas que estavam no centro da cidade. ¬¬
Cada dia vejo que não sou deste mundo mesmo. 
O que entendo por relacionamento passa longe - muito longe - da forma como a maioria dos casais vivem. 
Ainda vejo o homem como o cabeça da relação, como o provedor, como aquele em quem a esposa se ampara. E isto vale para o aspecto financeiro da relação. 
Se ela trabalha, entendo que não dependerá exclusivamente do esposo; se não trabalha, imagino o martírio que deve ser para a esposa precisar de dinheiro. 
É tão nojento a avareza, pra mim, que não consigo sequer me imaginar numa situação desta. 
O que mais me enojou foi o fato do cara ser novo - isto me fez imaginar muitos outros podem ser assim.

Percebi que posso suportar muitas coisas que não gosto, em amor, no meu futuro esposo. 
Mesquinharia, mesquinhez, falta de generosidade, pão-durice, sovinice, avareza e todos os seus sinônimos, não! 


Aff...



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